
Logo no princípio do episódio, Morgan e Carol têm uma nova discussão sobre como estão as coisas em Alexandria. No décimo episódio, o encontro entre ela e Daryl decepcionou quando ele mentiu sobre a situação dos demais, omitindo o assassinato brutal de Glenn e Abraham. Morgan, em um primeiro momento, segue pelo mesmo caminho ao se recusar a contar à amiga sobre a dominação de Negan e dos Salvadores sobre o restante do grupo. Contudo, a trama resgata pequenos momentos anteriores para dar solidez ao caminhar da trama.
Quando, três episódios antes, Richard propôs à Daryl sacrificar Carol para irritar os Salvadores, a sugestão pareceu apenas um delírio impaciente para motivar o atrito entre Ezekiel e Negan. A cena foi, na verdade, a faísca necessária para justificar o comportamento de Richard em "Bury Me Here". O roteiro acertou ao criar os precedentes para que o espectador entendesse do que o personagem seria capaz para gerar um conflito que colocasse o Reino na guerra de Rick.
Richard sabotou a entrega acreditando que seu sacrifício secreto pelo grupo seria o gatilho necessário para disparar a fúria de Ezekiel. Obviamente, as coisas não saíram como esperado e quem acabou pagando com a vida foi Benjamin. O plano de Richard, de perder a própria vida em função de um melão seria eficiente se Morgan não tivesse percebido tudo. Quando ele estrangula Richard na frente de todos e revela que Benjamin havia morrido por conta de suas armações, isso de certa forma frearia o ódio de Ezekiel, fazendo com que, aparentemente, a possibilidade do Reino se unir à Alexandria contra Negan voltasse à estaca zero.
O problema é que quem acabou morrendo foi Benjamin, e isso não significa pouca coisa para Ezekiel. Perder seu pupilo por conta de um melão acendeu algo dentro do Rei e, para completar, finalmente Morgan contou a Carol sobre a morte de seus amigos. Como já era esperado, a revelação foi suficiente para tirá-la da sua reclusão e trazê-la de volta à ativa. Ver Morgan transformando seu cajado em uma lança também foi algo extremamente simbólico: estamos mais perto do que longe de ver os dois em ação contra quem realmente importa.
fonte: Omelete
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